quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Atraso deve-se a dificuldades de ajustamento



Os problemas da agricultura portuguesa resultam de dificuldades de ajustamento estrutural, mas também da forma como a política agrícola comum (PAC) se aplica a Portugal, reconheceu a ontem a Comissão Europeia, num dia em que continuaram as negociações para reformar as políticas aplicadas à lavoura.

Apesar de considerar que houve na agricultura nacional "um progresso global constante e o sucesso em certos sectores, Bruxelas afirma que "os resultados económicos e o rendimento por unidade de trabalho continuam muito baixos, o que se deve essencialmente ao facto de os agricultores portugueses estarem mal equipados em termos de terras e de capital e à existência, à partida, de subemprego significativo no sector".No relatório sobre a especificidade da agricultura portuguesa, ontem adoptado, a Comissão defende que a natureza específica dos problemas que o sector enfrenta "não po-de ser atribuída apenas a dificul- dades de ajustamento estrutural, fortemente enraizadas, mas está também ligada à forma como a PAC é actualmente aplicada em Portugal".O organismo comunitário entende serem "questões críticas" para contrariar a situação a necessidade de relançar e acelerar o ajustamento estrutural, apoiar o desenvolvimento de uma agricultura sustentável e orientada para o mercado, centrada na qualidade, além de ser preciso que se melhore a sustentabilidade e a competitividade das zonas rurais.Como tal, a Comissão Europeia espera que "a agricultura portuguesa beneficie (num futuro próximo) das novas perspectivas proporcionadas pela actual proposta de reforma da PAC", que, aliás, o ministro português já criticou.



fonte: Correio da manhã 2003- 06- 20

Para reduzir os problemas da agricultura e a concorrência internacional os agricultores reclamam:

# Escoamento, a melhores preços à produção, para vinho, fruta, hortícolas, carne, leite e madeira;
# O pagamento das dívidas do Estado/Governo à lavoura e à CNA;
# Apoios especiais à floresta não industrial e aos baldios com respeito pelos direitos da população;
# Um Programa de Desenvolvimento Rural (2007-2013), com ajudas melhor distribuídas para apoiar as explorações agrícolas familiares e o mundo rural;
# Baixa dos custos das contribuições mensais para a Segurança Social;
# Governo não deve encerrar as escolas, os centros de saúde, as urgências,nas zonas agrárias e outros serviços públicos;
# Não às reformas das Organizações Comuns de Mercado do vinho e das frutas – hortícolas;
# Outra Política Agrícola Comum, com outras e melhores políticas agro-rurais, para melhor apoiar a agricultura familiar e o mundo rural.

Essencialmente os agricultores pedem apoios, não só financeiros, como também apoios democráticos.


«Temos como exigência o desenvolvimento rural, mais adaptado à nossa realidade, porque 95 por cento dos agricultores portugueses são do tipo familiar e apenas 1600 vão receber a grande fatia dos dinheiros da Europa. Isto é uma injustiça e vai agravar os erros políticos seguidos até aqui», acrescentou Roberto Mileu.

Os problemas da agricultura nos países desenvolvidos

Contrastando-se com os problemas da agricultura tradicional, os problemas da agricultura moderna nos países desenvolvidos são de natureza diferente assumindo primordial destaque os seguintes:
- A superprodução, situação que se revela francamente complexa, pois é de difícil resolução pelas consequências que envolve, nomeadamente junto aos produtores.
- A degradação e a poluição dos solos e o agravamento dos processos erosivos devido ao uso exaustivo de fertilizantes químicos, responsáveis igualmente pela poluição atmosférica e das águas. Este problema assume maior dimensão na Europa, onde a utilização do solo é intensiva.
- A introdução de espécies geneticamente manipuladas
(transgénicas) cujas consequências na alimentação do Homem ainda não estão devidamente avaliadas.
Na tentativa de atenuar o problema dos excessos de produção e de destruição dos recursos naturais, como a agua e o solo, a EU tem procurando através da PAC (Politica Agrícola Comum) regular as produções através do estabelecimento de quotas de produção entre os países membros, subsidiando a não-produção e as terras em pousio.
Também os incentivos à agricultura biológica poderão constituir uma solução para este problema, optando-se pela qualidade e a protecção ambiental relativamente à produção. Contrastando-se com os problemas da agricultura tradicional, os problemas da agricultura moderna nos países desenvolvidos são de natureza diferente assumindo primordial destaque os seguintes:
- A superprodução, situação que se revela francamente complexa, pois é de difícil resolução pelas consequências que envolve, nomeadamente junto aos produtores.
- A degradação e a poluição dos solos e o agravamento dos processos erosivos devido ao uso exaustivo de fertilizantes químicos, responsáveis igualmente pela poluição atmosférica e das águas. Este problema assume maior dimensão na Europa, onde a utilização do solo é intensiva.
- A introdução de espécies geneticamente manipuladas (transgénicas) cujas consequências na alimentação do Homem ainda não estão devidamente avaliadas.
Na tentativa de atenuar o problema dos excessos de produção e de destruição dos recursos naturais, como a agua e o solo, a EU tem procurando através da PAC (Politica Agrícola Comum) regular as produções através do estabelecimento de quotas de produção entre os países membros, subsidiando a não-produção e as terras em pousio.
Também os incentivos à agricultura biológica poderão constituir uma solução para este problema, optando-se pela qualidade e a protecção ambiental relativamente à produção.