sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Area metropolitana de Lisboa: A população

Optei por falar da evolução da população da AML porque achei importante analisar-mos como evoluem estes grandes aglomerados populacionais. Em anexo o mapa acho que nos ajuda a perceber melhor como se distribui a população nesta nossa metropele.

As últimas quatro décadas do século XX foram tempos de profundas transformações políticas, económicas e sociais na sociedade portuguesa; alterações essas, sem precedentes, que tiveram efeitos tremendos na população portuguesa, não tanto no aspecto quantitativo, uma vez que o total da população portuguesa não tem conhecido acréscimos muito significativos, mas essencialmente nos aspectos da distribuição e de estrutura. Neste quadro de mudança, o heterogéneo território da área metropolitana de Lisboa surge como a unidade espacial onde, para além de um fortíssimo crescimento demográfico, se verificaram não só todos os fenómenos demográfico-espaciais observáveis na generalidade do País – por exemplo, o envelhecimento da população e, nas áreas de cariz rural, a perda de população, a terciarização da estrutura activa, a melhoria dos níveis de instrução, etc. – como, em função do seu cariz urbano-metropolitano, se regista(ra)m com inequívoca definição os fenómenos demográfico-espaciais próprios de uma grande urbe (ainda) em crescimento. É, sem dúvida, neste plano que reside a especificidade da área metropolitana de Lisboa: no seu interior, aos primeiros já referidos, sobrepõem-se, entre outros, fenómenos como a suburbanização e a peri-urbanização; os fortíssimos, sucessivos e diversificados fluxos de imigrantes; a gentrification e a reabilitação dos bairros históricos; a desindustrialização e relocalização industrial; a desconcentração das actividades económicas e uma litoralização ligada ao turismo e lazer por via das notórias melhorias nas acessibilidades.



Mapa da Variação da população na AML 1991/2001

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